O cafeeiro é resiliente aos estresses climáticos?
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O Grupo Gecaf - Grupo de estudos em Cafeicultura - é uma inciativa da IF Sul de Minas em Muzambinho e visa contribuir na capacitação dos estudantes e na realização de ações em prol da cafeicultura regional, como dias de campo, palestras, cursos, concursos de qualidade, feiras, entre outros.
No dia 13/08, ao convite da aluna Ana Paula e do professor Zé Marcos, estive no Campus para apresentar algumas informações práticas e conceitos que aprendi no campo ao longo desses anos de profissão aos estudantes do grupo, e gostaria de compartilhar alguns tópicos relevantes da aula neste conteúdo.
Essa análise é um fator muito importante na hora de planejarmos como será feita a adubação, mas sempre com atenção em olhar para a planta e entender o sistema de produção. E o que é entender esse sistema? É saber se planta é jovem, se o sistema é adensado, se existem muitas plantas por hectare, a distribuição espacial dessas plantas, entre outros.
Não devemos seguir somente a análise de solo na hora de planejar a adubação. Também é necessário conhecer a lavoura e acompanhar seu desenvolvimento ao longo do ciclo, reavaliando a recomendação.
Com uma boa adubação, a planta jovem imediatamente deve crescer. Para analisar esse desenvolvimento, é necessário observar no mês de dezembro quantos internódios cresceram a partir da florada (data em que se inicia o ciclo de crescimento do café) contando acima da última roseta, além de verificar a uniformidade, cor e outros aspectos da planta. Caso a planta não esteja crescendo, algum componente essencial está faltando, como água ou nutrientes.
Existem diferentes tabelas e o profissional deve escolher a que mais se identificar para utilizar em seu trabalho. Utilizo uma tabela que foi desenvolvida juntamente com os pesquisadores da Embrapa e outras como a da Epamig, Procafé e Iac, mas sempre com atenção no desenvolvimento da planta.
Realizar a projeção do futuro da lavoura é extremamente necessário, por isso precisamos ter o conhecimento de como utilizar uma fórmula que mede esse parâmetro corretamente, sempre analisando se planta é jovem e se dará mais de uma safra.
Vale ressaltar que não é somente um princípio que deve reger a escolha do profissional na hora da adubação, mas sim um conjunto de aspectos. A carga pendente, por exemplo, é muito importante, mas não pode ser analisada isoladamente de outras variáveis. Da mesma forma, diferenças na adubação devem ser feitas de acordo com a produtividade das plantas e número de safras a serem colhidas antes da próxima poda.
Foi um dia de muitos aprendizados para todos e fico imensamente feliz em poder colaborar com a formação desses estudantes, pois isso faz parte da minha proposta. Espero que vocês possam ter aprendido um pouco mais sobre planejamento de adubação e produtividade.
Convido vocês a acessarem o link e conferirem a matéria no meu Canal no YouTube Papo de Cafeicultor–
https://www.youtube.com/watch?v=5_Oi_wxft-g
A presença de estrelinhas nas lavouras de café é um aviso, uma resposta das plantas ao clima adverso de que algo está fugindo da normalidade
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