O cafeeiro é resiliente aos estresses climáticos?
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A tomada de decisão da escolha da variedade deve levar em consideração aspectos importantes, como adaptação às condições edafoclimáticas, potencial produtivo, estabilidade de produção, resistência/tolerância às principais doenças e pragas da cultura, característica dos frutos, época de maturação e porte das plantas.
O tamanho da área a ser implantada e o nível de tecnologia que será utilizado na condução da lavoura também são itens importantes a se analisar nesse momento. A escolha da cultivar deve ser feita de forma combinada com a adoção do sistema de espaçamento e de manejo desejados. Ainda, tem a necessidade de se observar as condições climáticas da região e o nível tecnológico do produtor, uma vez que a produtividade e qualidade da bebida são influenciadas pelo ambiente e pelas condições de cultivo.
Os programas de melhoramento genético têm como objetivo o desenvolvimento de cultivares com características de arquitetura e sistema radicular que maximizam a eficiência no aproveitamento de fertilizantes e de água, proporcionando aumento de produtividade e melhor qualidade da bebida, além do desenvolvimento de variedades resistentes a pragas e doenças, evitando assim o uso excessivo de defensivos. Entre os principais impactos do uso de cultivares melhoradas estão o aumento da rentabilidade e da estabilidade do produtor, e a redução no emprego de defensivos com a consequente diminuição no custo de produção e no impacto ao meio ambiente.
As pesquisas que norteiam o melhoramento genético do café buscam identificar no seu banco de germoplasma fontes de resistência genética a doenças e pragas de importância econômica e/ou com potenciais riscos para a cafeicultura, além de adversidades climáticas. O conhecimento prévio das características morfológicas, fisiológicas e produtivas dos materiais genéticos disponíveis é imprescindível para a escolha da espécie e das variedades de café a serem utilizadas. Evidentemente, essa decisão deve ser e subsidiada pelas indicações das instituições de pesquisas, as quais são embasadas em análises estatísticas e biométricas de criteriosas avaliações de campo.
Fontes:
Cultivares de café. / Carlos Henrique Siqueira de Carvalho. (Ed.) Brasília: EMBRAPA, 2007. 247 p. : il.
PETEK, M. R.; PATRICIO, F. R. A. Cultivares resistentes ou tolerantes a fatores bióticos e abióticos desfavoráveis: ponto-chave para a cafeicultura sustentável. O Agronômico, Campinas, v. 59, n. 1, 2007
A presença de estrelinhas nas lavouras de café é um aviso, uma resposta das plantas ao clima adverso de que algo está fugindo da normalidade
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