O cafeeiro é resiliente aos estresses climáticos?
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A cultivar Maragogipe (C. arabica L. var. maragogipe) é conhecida por ter sua semente muito maior quanto comparada a cultivares de cafés convencionais, como o Catuaí e o Arara. Foi encontrada em 1870 por Erisógono José Fernandes no município baiano de Maragogipe, que deu origem ao nome da cultivar, espalhando-se por todas regiões produtoras de café do Brasil. Devido a essa característica é conhecida por “grão gigante” ou “semente elefante”. Surgiu de uma variação feita de forma natural pelo meio ambiente a partir da cultivar Typica e apresenta porte, folhas, flores, frutos e sementes bem mais desenvolvidos do que os desta cultivar. A produção dessa cultivar caracterizava-se por ser bem baixa, porém várias linhagens foram isoladas na Seção de Genética do Instituto Agronômico de Campinas com produção superior ao materiaI original. Seu fenótipo de "gigantismo" para os caracteres morfológicos se deve à ação de apenas um gene, sendo o alelo dominante responsável pelo referido fenótipo (Maragogipe: MgMg ou Mgmg), caracterizando dominância completa.
Sua produção possui peneira média elevada para 19- 20, porém é diminuída devido à redução no número de flores e também no pegamento dos frutos. Acredita-se que o menor número de flores por axila foliar e a menor porcentagem de "pegamento" dos frutos em relação às outras cultivares sejam as principais causas de sua baixa produtividade.
Devido à busca da produtividade combinada com resistência a doenças, a qualidade na xícara ficou quase esquecida. Apesar da qualidade excelente da bebida, são pouco produtivas e cultivadas em escala muito pequena no Brasil.
. Tamanho da folha de Maragogipe quando comparada a outras cultivares.
Tamanho do fruto de Maragogipe quando comparado a outras cultivares.
Tamanho da semente de Maragogipe quando comparada a outras cultivares.
As fotos incluídas na galeria abaixo foram cedidas pelo produtor Eng. Agr. Diogo Carvalho Dias, da Fazenda Recreio, em São Sebastião da Grama/SP, que possui uma lavoura dessa cultivar.
Fonte: Carvalho, Carlos Henrique Siqueira de. Cultivares de café. / Carlos Henrique Siqueira de Carvalho. (Ed.) Brasília: EMBRAPA, 2007. 247 p. : il.
A presença de estrelinhas nas lavouras de café é um aviso, uma resposta das plantas ao clima adverso de que algo está fugindo da normalidade
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