O cafeeiro é resiliente aos estresses climáticos?
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Os fertilizantes organominerais proporcionam sustentabilidade na produção agrícola por levar à redução, em até 20%, do uso de fertilizantes químicos, potencializar a ação microbiana e disponibilizar mais nutrientes no solo.
Diversos estudos apontam que o rendimento do fertilizante organomineral é superior se comparado aos produtos minerais normalmente utilizados pelos produtores, em que os nutrientes são aproveitados em pequenas proporções pelas culturas em geral. Logo, o restante desses elementos perdidos por lixiviação é absorvido por microrganismos ou insolubilizados no solo, enquanto os que estão presentes nos fertilizantes organominerais possuem taxas de aproveitamento muito superiores, pois fornecem gradualmente seus nutrientes devido a sua solubilização gradativa, resultando em uma maior persistência no solo. Como resultado, essa situação proporciona à cultura uma disponibilidade de nutrientes de acordo com sua necessidade, além de ser uma fonte extra de micronutrientes. Há ainda redução dos problemas graves que o mineral proporciona, como o efeito salino devido ao excesso de minerais, que se torna tóxico para a planta.
Outro ponto positivo é a redução de perdas por lixiviação, volatilização e adsorção graças a sua fração orgânica, que mantém os nutrientes próximos as raízes. Com isso, torna-se possível a proliferação de microrganismo benéficos, que auxiliam na estruturação do solo e promovem maior absorção dos nutrientes pelas raízes. Além disso, aumenta os teores de nitrogênio, fósforo e enxofre a partir de sua decomposição e da mineralização, o que facilita sua absorção pelas plantas, ativando o metabolismo e melhorando a fotossíntese e outros processos fisiológicos. Também é importante para melhorar a fertilidade do solo e suas propriedades físicas, pois eleva a capacidade de retenção de água, promove a redução da densidade aparente e o aumento da sua porosidade total, forma agregados capazes de reduzir a erosão e aumentar sua capacidade de absorção, e aumenta a capacidade de troca catiônica pela ação de micelas húmicas coloidais com atividade superior às argilas.
Dentre outras vantagens pode-se citar sua facilidade de aplicação, que pode ser feita com o mesmo material de aplicação dos fertilizantes convencionais, bem como os mesmos equipamentos e procedimentos, e a redução de odores característicos dos resíduos de animais e da agroindústria. Outros benefícios estão relacionados à melhoria na condição dos ambientes, dentre elas a redução do impacto ambiental, aumento da fertilidade do solo, redução nas doses de fertilizantes minerais, ciclagem de nutrientes e conferência de maior poder residual. Além disso, proporciona economia ao produtor em comparação com o fertilizante orgânico e evita o risco de introdução de metais pesados, sementes de plantas infestantes e microrganismos patogênicos no solo.
Paralelamente, a atual política nacional de resíduos sólidos enfatiza a importância do reaproveitamento e agregação de valor aos resíduos sólidos. O uso desses resíduos para a produção de fertilizantes organominerais pode eliminar imediatamente 50% do passivo ambiental gerado pelos mesmos, e até 2020, com a ampliação da capacidade instalada para produção desse tipo de fertilizantes, pode-se chegar a amenizar o passivo ambiental das atividades de avicultura e suinocultura em até 80%.
Os benefícios para a agricultura e meio ambiente são evidentes, por isso a importância da aplicação de fertilizantes contendo NPK no solo. Aguarde a próxima publicação da Equipe Multfertilizantes.
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