O cafeeiro é resiliente aos estresses climáticos?
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O Centro de Comércio do Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), uma das principais bolsas de café físico do Brasil, reportou nesta sexta-feira que os pés do principal exportador da commodity entraram em ampla florada após as chuvas recentes, nos primeiros sinais da safra 2017 que se aproxima após diversos anos de seca.
O CCCMG, localizado na cidade de Varginha, no sul de Minas Gerais, Estado que responde por metade da produção anual de café do Brasil, publicou fotografias dos pés com flores enviadas por produtores das principais regiões produtoras do país.
Os pés chegaram a mostrar uma florada limitada no fim de agosto, mas analistas tinham dúvidas sobre a viabilidade da fruta que seria produzida por uma florada tão precoce.
A atual florada no cinturão produtor de café é considerada a primeira grande florada do que geralmente totaliza duas ou três a cada primavera e que define o tamanho e qualidade da safra do próximo ano.
Analistas esperam que a safra 2017 do Brasil será menor do que a atual safra, que terminou nas últimas semanas, devido ao ciclo bianual natural de produtividade dos pés de café, no qual grandes e pequenas colheitas alternam-se a cada ano.
Contudo, uma série positiva de floradas seguidas por chuvas regulares poderia ajudar a minimizar a pressão baixista que a próxima safra deve exercer sobre a produção, segundo analistas como Gil Barabach, da Safras & Mercado.
"Ainda é cedo demais para dizer quão grande será a próxima safra", disse ele, acrescentando que se as chuvas permanecerem favoráveis, a produção da próxima safra pode ser surpreendemente grande para um ano fraco do ciclo.
O preço do café também está atrativo o bastante para produtores investirem em fertilizantes, pesticidas e outras tecnologias para impulsionar a produtividade.
As atuais chuvas estão certamente ajudando a primeira onda de florada.
Chuvas amplas têm caído sobre o cinturão de café com regularidade no início da primavera no Hemisfério Sul. As chuvas podem ser instáveis nessa época do ano e tipicamente só se intensificam a partir de novembro, até fevereiro.
A presença de estrelinhas nas lavouras de café é um aviso, uma resposta das plantas ao clima adverso de que algo está fugindo da normalidade
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