O cafeeiro é resiliente aos estresses climáticos?
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O grão cabeça é composto por dois grãos imbricados oriundos da fecundação de dois óvulos em uma única loja do ovário. Sua origem se dá por fatores genéticos e edafoclimáticos, mas ainda sem muita pesquisa sobre.
A classificação física (BRASIL, 2003) diz que não será considerado como defeito se ele se mantiver inteiro. Porém, caso ele se separe dando origem à concha e ao miolo de concha será considerado. Vale ressaltar que sua presença não é recomendável na venda de café torrado em grão, pois deprecia a estética do produto.
Alguém já pode ter ouvido chamá-lo por “Felipe”, uma crendice dos povos mais velhos que diz que encontrar esse grão no talhão significa sinal de sorte e de colheita boa, uma vez que é difícil encontrá-lo.
Foto: Leonardo Custódio
“Quando trabalhei no Oeste da Bahia, começaram a aparecer vários grãos nesse formado. Consultei algumas pessoas da área de pesquisa com café, que me retornaram que esse é um tema pouco estudado, o que realmente gera dúvidas. Pela minha experiência, acredito que seu aparecimento tenha interferência do clima e da temperatura, principalmente nos dias seguintes da florada, porém essa é uma observação prática e sem base científica. Acredito que esse fenômeno pode ocorrer durante a fase de chumbinho caso falte água para o cafeeiro e as temperaturas forem muito elevadas, mas ressalto aqui a importância da pesquisa academia para explicar esse fenômeno”, disse Guy.
A presença de estrelinhas nas lavouras de café é um aviso, uma resposta das plantas ao clima adverso de que algo está fugindo da normalidade
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