O cafeeiro é resiliente aos estresses climáticos?
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Quinzenalmente, a Inteligência Competitiva de Cafeicultura do Banco do Brasil se reúne para analisar a situação atual, tendências futuras, perspectivas de produção e mercadológicas no acompanhamento de ameaças e oportunidades na cafeicultura.
A convite do Marcus César Mesquita, líder da equipe IC de Cafeicultura, assessor de Agronegócios do Banco do Brasil e coordenador das reuniões, Guy Carvalho, expoente ímpar na cafeicultura, profundo conhecedor da atividade produtiva e comercial como produtor e também como consultor, pesquisador e influente gerador de mídia digital na cafeicultura, participou do encontro ontem, 22 de abril, levando sua visão sobre o desenvolvimento e a evolução da cafeicultura, tanto do café commodity quanto do especial.
A Diretoria de Agronegócios e as Gerências de Agronegócios do Banco do Brasil possuem redes de especialistas de agronegócios nas principais atividades agropecuárias com o objetivo de desenvolver acompanhamento e inteligência de mercado nesses segmentos. A Rede de Inteligência Competitiva de Cafeicultura é constituída por dezesseis assessores de agronegócios e respectivos gerentes sediados nas principais regiões produtoras de café do país, visando acompanhar e monitorar as atividades produtivas e econômicas da cadeia a nível local, regional, nacional e mundial que possam impactar a cadeia em termos de ameaças, oportunidades e projeções futuras de desenvolvimento da atividade.
Na foto - Superior: Guy Carvalho e Marcus César Mesquita (líder da equipe IC de Cafeicultura e assessor de Agronegócios do Banco do Brasil); abaixo - Giovanni Chaves (Gerente de Divisão da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil em Brasília) e Carlos Tuma Delbim (Gerente da Gerag - SP, que abrange MG, SP, ES e RJ); à direita: Sergio Alexandre Bula (Gerente da Gerag - PR, que abrange PR, SC e RS)
Durante o encontro, os assuntos abordados foram:
1. O produtor, a evolução da qualidade do café e as tendências futuras;
2. Rentabilidade e competitividade do produtor e do café brasileiro (commodity e especial);
3. O caminho da sustentabilidade, exigências de mercado, situação atual e tendências do mercado mundial;
4. Tecnologia atual, casos de sucesso e desafios da pesquisa e do produtor brasileiro.
“Foi um bate papo bastante descontraído. Na oportunidade, evidenciamos o aumento da qualidade do café brasileiro nos últimos anos e também a lucratividade para o produtor que esse diferencial traz, destacando o trabalho de cooperativas, como a Cooxupé, e exportadoras especializadas nesse mercado, como a SMC. Como sugestão para o banco, comentei sobre o desenvolvimento de créditos para que o cafeicultor possa investir em estrutura de preparo e certificação da propriedade, pois o mercado de cafés diferenciados vem crescendo muito. Sobre a competitividade, é fundamental que o produtor repense e substitua suas lavouras antigas, especialmente aquelas com mais de 40 anos, que possuem produtividade limitada e estão na sua última fase fenológica (decadência), por novas variedades mais produtivas, plantios modernos e estandes aptos a mecanização. Outro ponto de destaque na conversa foi a irrigação, em que evidenciei trabalhos que comprovam ganhos de qualidade e produtividade, mesmo em áreas que não se era considerado realizá-la, sugerindo também linhas de crédito para essa finalidade. Além disso, pontuei a necessidade do estudo de novos mecanismos de proteção de valor para a saca de café, garantindo assim os financiamentos de custeio durante sua vigência, pois essa é a moeda do cafeicultor”, disse Guy.
A presença de estrelinhas nas lavouras de café é um aviso, uma resposta das plantas ao clima adverso de que algo está fugindo da normalidade
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