O cafeeiro é resiliente aos estresses climáticos?
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O bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) é uma mariposa de coloração branco-prateada, sendo considerada uma das principais pragas do cafeeiro e a mais disseminada pelo mundo, afetando lavouras nas Américas e na África. No Brasil, em regiões com temperaturas mais elevadas e com menor disponibilidade de água, como o Cerrado Mineiro, Goiás, Bahia e Norte de Minas, a presença da praga é ainda mais acentuada, podendo causar uma grande perda na produtividade caso não seja controlada.
É um inseto com metamorfose completa e seu ciclo de vida passa pelas fases de ovo, lagarta, pupa ou crisálida e adulta, sendo a lagarta a responsável pelo dano ao cafeeiro. A fêmea adulta deposita seus ovos na face superior das folhas do café, que é a única fonte de alimento das lagartas que eclodem dos ovos. Quando nascem, elas passam diretamente do ovo para o interior das folhas, de onde se alimentam do tecido existente entre as duas faces, a epiderme da folha. O apetite voraz das lagartas vai deixando um espaço oco no local, formando pequenas câmaras quebradiças. Por fora, o local por onde a lagarta passa vai secando, adquirindo uma cor marrom e se cede ao apertar. A duração do ciclo evolutivo do bicho-mineiro pode variar entre 19 e 87 dias, de acordo com as condições climáticas. Situações de baixa umidade e altas temperaturas resultam em encurtamento do ciclo, proporcionando assim um ataque mais intenso e severo.
Como resultado do ataque da praga, no período seco do ano ocorre a queda das folhas minadas a partir do topo das plantas, o que reduz a capacidade fotossintética do cafeeiro e acarreta diminuição da produtividade. Dependendo da intensidade, duração do ataque e época de ocorrência, a capacidade produtiva do cafeeiro pode reduzir de 50% a 80%, com consequente redução na produção de café na safra seguinte.
O monitoramento da praga é uma prática aliada na tomada de decisões mais acertadas, visto que permite entender como está a infestação na lavoura. Os inimigos naturais podem auxiliar o cafeicultor no controle do bicho-mineiro, mas não são suficientes para exterminar os insetos, por isso o produtor deve estar tento e realizar o controle químico por meio da aplicação de inseticidas, que exercem grande importância no manejo eficiente de pragas. Entre os produtos utilizados para o controle dessa praga destaca-se o Sivanto, uma novidade da Bayer que possui residual longo, ou seja, faz o controle por um bom tempo, além de ser adequado ao manejo ecológico de pragas, uma vez que elimina o bicho-mineiro sem agredir os demais insetos de forma intensa.
As intervenções com o Sivanto podem ser feitas com aplicações no solo ou foliares. A aplicação no solo gera longo efeito residual e recomenda-se que seja feita em novembro e dezembro, pois o produto responde muito bem à presença de água. Já o controle via folha apresenta um período residual menor, uma vez que novas folhas de café nascem e também devem ser protegidas, mas também possui uma eficiência alta. O produto possui ainda um benefício adicional: aumenta o vigor das plantas, que crescem e vegetam mais, e pode ser aplicado em cafés recém-plantados.
A recomendação dos especialistas da Bayer é que seja realizada uma aplicação única via solo. Se houver uma infestação um pouco maior, realiza-se então uma intervenção foliar, especialmente nas regiões mais quentes.
Para saber mais sobre o assunto, acesse o vídeo do Canal Papo de Cafeicultor - COMO LIVRAR O CAFEEIRO DO BICHO-MINEIRO
A presença de estrelinhas nas lavouras de café é um aviso, uma resposta das plantas ao clima adverso de que algo está fugindo da normalidade
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